25 de fevereiro de 2011

Falar...

Já fui de esconder o que sentia, e sofri com isso. Hoje não escondo nada do que sinto e penso, e às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde, o silêncio a fim de manter o poder num relacionamento. 
         Falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus. E não é este tipo de nudez que nos atrai.
         Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve, as vezes esta situação se inverte.. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente, se sabe.
        ...
         Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimí-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.

“...como é fácil libertar alguém de seus fantasmas e, libertando-a, abrir uma possibilidade de tê-la de volta, mais inteira. “


(Martha Medeiros...Parece até escrito por mim!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário